Ibiza Wonderland
Após uma passagem rápida por Madrid, Espanha, estou agora em viagem para Ibiza. Mais informação amanhã a partir de Ibiza Terra Maravilhosa.
Uma noite horrível de Sábado à noite no hospital
Ontem fiquei na cama depois de ter passado uma noite horrível no hospital. Deixei-me, simplesmente, apreciar mais um dia de vida. Vi os vídeos todos da nossa mais recente actuação e pensei que o Domingo passaria sem acontecimentos de maior. Foi aí que me telefonaram dizendo que o Robin Gibb dos Bee Gees tinha falecido; o jornalista queria um comentário meu. Recusei respeitosamente fazer comentários, porque a última vez que tinha falado com o Robin foi quando ele e eu fizemos um programa da BBC em directo sobre a morte do Michael Jackson. Não estava em condições para falar de morte depois do que tinha passado na noite anterior.
A morte do Robin não me chocou, porque ele estava doente há algum tempo. Nunca trabalhámos juntos, mas tínhamos um enorme respeito um pelo outro, desde o dia em que nos conhecemos em 1978, numa cerimónia de atribuição de prémios para compositores. (Lamento, mas já não me lembro exactamente qual foi a organização que promoveu o evento.)
O meu sócio, Bernard Edwards, e eu ganhámos uma quantidade enorme de galardões para "Dance, Dance, Dance," "Everybody Dance," "Le Freak," "I Want Your Love," "He's The Greatest Dancer," e "We Are Family." Os Bee Gees estavam na casa-de-banho connosco durante um intervalo, mas não se aperceberam de quem nós éramos. Escutámos a conversa toda às escondidas. A certa altura, diz o Robin, "Como é que estes tipos conseguem escrever tantos sucessos num ano?"
Recordei-o, a brincar, desse evento quando não estávamos a ser filmados, no dia em que O Robin Gibb e Eu Falámos da Morte do Michael Jackson.
Um instantâneo de uma das nossas mais recentes actuações em Curaçao
Um instantâneo de uma das nossas mais recentes actuações
Um instantâneo de uma das nossas mais recentes actuações
Um instantâneo da nossa mais recente actuação no Texas
Recebi um telefonema de um amigo jornalista dizendo que o Robin Gibb dos the Bee Gees tinha falecido
Os Bee Gees estavam na casa-de-banho connosco durante um intervalo, mas não se aperceberam de quem nós éramos
O meu sócio, Bernard Edwards, e eu ganhámos uma quantidade enorme de galardões na noite em que conhecemos os Bee Gees
Longe das câmaras no dia em que o Robin Gibb e eu Falámos da Morte do Michael Jackson
O dia em que O Robin Gibb e Eu Falámos da Morte do Michael Jackson
Esta forografia de uma pose do Michael Jackson numa prancha de mergulho foi tirada no ano em que nos conhecemos pela primeira vez
Nunca tive a oportunidade de trabalhar com o Robin, mas fui em digressão com os Jackson 5 em 1973 e toquei em HIStory
O público de Curaçao foi maravilhoso - o concerto foi difícil para mim, porque estava doente e com o coração destroçado pela morte da Donna Summer
Dormi mais nos últimos dias do que me lembro de jamais ter dormido. Tenho estado muito doente e tive que reunir forças para as infindáveis viagens e para os concertos. Mesmo com todo o descanso, fui ficando pior. Ao regressar a casa do aeroporto hoje, senti-me tão doente que não pude evitar pensar "Sei Que Estou a Morrer". Tentei pensar positivamente - mas a frase "Sei Que Estou a Morrer" repetia-se na minha cabeça.
Quando cheguei a casa estava mesmo mal. Tinha a pulsação acelerada, respiração superficial, e uma febre de quase 40ºC. A minha empregada levou-me imediatamente para o hospital. Na curta viagem até às urgências, a minha condição piorou. Estava semi-delirante, mal podia andar, estava instável e muito atordoado. Foi nesse momento que me obriguei a repetir "Sei Que Vou Viver".
Fizeram-me todos os testes a tudo e mais alguma coisa, porque estavam muito preocupados com os meus sinais vitais, especialmente com o meu coração. Procuraram por um eventual coágulo sanguíneo, porque sabiam que tinha andado bastante de avião recentemente. Quando me disseram isso, pensei no falecimento do Heavy D há algumas semanas. Começaram a medicar-me neste ambiente muito profissional - e o mantra "Sei Que Vou Viver" tornou-se cada vez mais vibrante na minha cabeça.
Após muitas horas de testes, vieram finalmente até à sala de tratamentos e disseram, "Senhor Rodgers, esteve muito doente e o seu corpo fez exactamente aquilo que devia fazer - combater a infecção". Deram-me alta por volta da meia-noite e, nessa altura, reflecti sobre os meus dois estados de espírito durante este dia tão traumático - "Sei Que Vou Viver" e "Sei Que Estou a Morrer".
Fazendo os últimos agradecimentos no final do concerto em Curaçao. Foi o 1º de dois concertos que demos este fim-de-semana, a milhares de quilómetros de distância um do outro
Tocamos em Richardson, Texas, no dia seguinte e viajamos milhares de quilómetros, sem voos directos para qualquer um dos concertos
Tocamos Alto e a Bom Som e com Orgulho no Texas
A minha empregada levou-me imediatamente para o hospital. Na curta viagem para as urgências, a minha condição piorou
Começaram a medicar-me neste ambiente muito profissional - e o mantra "Sei Que Vou Viver" tornou-se cada vez mais vibrante na minha cabeça
Após muitas horas de testes, vieram finalmente até à sala de tratamentos e disseram, "Senhor Rodgers, estava muito doente e o seu corpo fez exactamente aquilo que devia fazer - combater a infecção"
Decidiram dar-me alta por volta das onze horas e tive alta efectiva por volta da meia-noite
Meditando na tentativa de tirar o pensamento "Sei Que Estou a Morrer" da cabeça
Adoptando a atitude "Sei Que Vou Viver" dizendo à enfermeira que vou tocar em Ibiza daqui a dois dias
Já escrevi quase 500 blogues diários - e desde a morte da Whitney, do Dick Clark, do MCA, do Chuck Brown, do Duck Dunn, da Donna Summer e de várias outras personalidades musicais significativas, não aguento mais. Preciso de um dia para viajar, pensar, descansar e preparar-me para Ibiza.
Ontem foi o aniversário do meu guru informático D e gostaria de o deixar passar uma noite com a família. Por isso, vou deixá-lo escolher uma lista de canções funky e acho que vou dormir outra vez.
Tenho tanto para contar amanhã que, francamente, a minha família neste blogue ficará espantada. Passei verdadeiramente a gostar muito de vocês e esta relação ajuda-me a manter os pés na terra, e visto que tenho os pés na terra, sei que Preciso de Um Dia de Descanso.
Vou actuar no Festival de Jazz de Montreux, no dia 13 de Julho deste ano. O meu maior desejo era ter a Donna Summer a partilhar aquele palco comigo e com muitos outros grandes artistas que, na minha opinião pessoal, ligam os pontos que conduzem à música de dança moderna.
As notícias da morte dela, ontem, destroçaram-me. Tenho querido trabalhar com ela desde a primeira vez que ouvi aquela voz mágica. Tivemos apenas a oportunidade de trabalhar juntos uma vez, e não foi por não tentarmos.
O vídeo abaixo tem um som muito mau - mas pode ver-se e sentir-se a pura alegria e profissionalismo da Donna Summer com os CHIC.
Fui o director musical de um especial da VH1, Diana Ross Divas. Diga o que disser hoje, não soará bem, mas o que ambos dissemos nessa noite foi certíssimo.
Respeito-te, Donna. Sinto a tua falta, Donna. E, acima de tudo, Adoro-te, Donna!
Ensaio do Diva's 2000 - Donna Summer e CHIC
Parte da sala de estar no meu apartamento em Nova Iorque
Passei a noite de ontem no meu apartamento em Nova Iorque - mas tive que regressar ao Connecticut para um compromisso que tinha de manhã cedo. Enquando caminhava pelo Grand Central Terminal para ir apanhar o comboio/trem, peguei num dos muitos jornais grátis que são lá oferecidos. Isto é uma coisa que nunca faço, porque costumo ler as notícias na internet.
Qual é a probabilidade de, no único jornal em que peguei naquela estação, aparecerem estes dois artigos separados por exactamente uma página?
O primeiro artigo era sobre o novo álbum do Adam Lambert - Trespassing - e mencionava a canção "Shady", na qual trabalhei. O segundo artigo, na página seguinte, era sobre um novo DVD da Diana Ross, e "I'm Coming Out" estava mencionada, outra canção na qual trabalhei. Efectivamente, co-compus, orquestrei, co-produzi e toquei nessa canção. Faz parte do álbum Diana, que por acaso, é o álbum que mais vendeu na carreira dela.
Volto a perguntar-vos, "Quais são as probabilidades de estas duas canções serem mencionadas em artigos sobre o Adam Lambert e a Diana Ross, impressos em faces diferentes das mesma página?
Caminhando pelo Grand Central Terminal para ir apanhar o comboio/trem
Qual é a probabilidade de, no único jornal em que peguei naquela estação, aparecerem estes dois artigos separados por exactamente uma página?
O primeiro artigo era sobre o novo álbum do Adam Lambert - Trespassing - e mencionava a canção "Shady", na qual trabalhei
O segundo artigo na página seguinte era sobre um novo DVD da Diana Ross, e "I'm Coming Out"
O álbum que mais vendeu na carreira dela - Diana
Adam Lambert
E Diana Ross
Estava a relaxar na minha cama chinesa, mesmo antes de gravar um vídeo promocional para um festival que vai ter lugar em breve
Estava a relaxar na minha cama chinesa, mesmo antes de gravar um vídeo promocional para um festival que vai ter lugar em breve, quando recebi um telefonema do consultório do meu médico. Sabia que eram os resultados das análises do meu pós-operatório oncológico. Sentia-me bem, mas estava também mentalmente preparado para más notícias. Atendi o telefone nervosamente. A enfermeira disse-me, "As suas análises chegaram e são O Melhor Que Podia Ser".
Agradeci e desliguei o telefone. Então, por algum motivo estranho, lembrei-me de uma situação maluca. Há alguns meses, demos um concerto corporativo na Suiça, e os agentes que tinham feito a contratação estavam a preparar-nos para más notícias. Antes do nosso concerto, pediram-nos para não ficarmos ofendidos, porque o público era Suiço e empresarial e não costumava dançar nestes concertos.
Disse-lhes, "A música que tocamos faz as pessoas dançar!"
A perspectiva de som do vídeo muda porque o meu técnico de guitarras está a andar pela sala. O nosso público tão Suiço e empresarial estava a dançar - e esse resultado foi O Melhor Que Podia Ser.
Antes do nosso concerto, pediram-nos para não ficarmos ofendidos, porque o público era Suiço e empresarial e não costumava dançar nestes concertos
A música que tocamos faz as pessoas dançar!
A música que tocamos faz as pessoas dançar!
A música que tocamos faz as pessoas dançar!
A música que tocamos faz as pessoas dançar!
A música que tocamos faz as pessoas dançar!
Parte da minha terapia pré- e pós-operatório oncológico é caminhar
Parte da minha terapia pré- e pós-operatório oncológico é caminhar. Caminhar tem muitas vantagens para a maioria das pessoas, mas para mim, não só serve para exercitar o meu corpo - também exercita a minha mente. Canto para mim próprio inspirado por coisas que vejo e sinto e nunca levo um leitor de música comigo. Venham caminhar comigo e verão o que quero dizer.
Estou tão ansioso por começar a minha caminhada hoje, que me esqueço de pôr no meu "Cabelo" a bandana que me caracteriza. À medida que caminho, viro-me para trás e canto, "Turn Around 5,4,3,2,1" do Flo Rida. Esta canção define um ritmo rápido para a minha caminhada.
Quando chego à esquina, vejo canas de bambu nas quais nunca antes tinha reparado. Instintivamente, começo a cantar "Hips Don't Lie - Bamboo" da Shakira. Algumas centenas de metros à frente das canas de bambu, chego ao Saugatuck Harbor Yacht Club, mas o que me chama a atenção é um coelho atravessando a rua a correr. Começo a cantar "Running Away" do Roy Ayers.
Faço muitos amigos nas minha caminhadas e o primeiro amigo que fiz hoje foi um cão. "1, 2, 3, and to the 4, Snoop Doggie Dog and Dr. Dre is at the door". Começo a cantar "Nuthin' but a 'G' Thang" durante bastante tempo - depois de passar pela casa mais recente da rua - depois de passar pela nossa pequena ponte privada, e depois de passar por um pescador vespertino.
Canto esta canção durante uns dez minutos até começar a reparar nas casas do bairro. Começo então a cantar várias canções de música house com grooves semelhantes, "Move Your Body", Pump Up The Jam", e "Can You Party" dos Royal House, até chegar finalmente à minha própria casa. E pronto, acabaram de fazer Uma Caminhada Típica no Planeta C.
Estou tão ansioso por começar a minha caminhada hoje, que me esqueço de pôr a bandana que me caracteriza no meu "Cabelo"
À medida que caminho, viro-me para trás e canto, "Turn Around 5,4,3,2,1" do Flo Rida
Instintivamente, começo a cantar "Hips Don't Lie - Bamboo" da Shakira
Um coelho atravessando a rua a correr chama-me a atenção e começo a cantar "Running Away" do Roy Ayers
O primeiro amigo que fiz hoje foi um cão
A casa mais recente da rua
A nossa ponte em Saugatuck Island
Um pescador saindo para pescar de manhã cedo
Uma casa que já vi centenas de vezes fez com que o meu DJ interno começasse a bombear canções de música house na minha cabeça
Outra casa do bairro que me pôs a cantar canções de música house
E outra casa do bairro que me pôs a cantar canções de música house
Finalmente, cheguei à minha própria casa
Eu e a minha mãe - ela tinha 14 anos e eu alguns meses
Hoje é o Dia da Mãe na América. A minha mãe e eu sempre fomos chegados, mas desde que fui atacado pelo cancro/câncer, falamos um com o outro praticamente todos os dias. Também somos muito próximos em idade porque a Mãe ficou grávida de mim aos 13 anos. Sou o primeiro dos seus cinco rapazes. Por sermos tão próximos em idade, temos muitas coisas em comum - incluíndo o sentido de humor.
Ela casou com o meu padrasto Bobby quando eu tinha sete anos. Eram uns beatniks à maneira e tratavam-me mais de igual para igual do que como uma criança, razão pela qual, provavelmente, sou tão independente. Agora que sou mais velho, até agradeço que assim tenha sido.
Os meus pais são das pessoas mais engraçadas que conheci. O Bobby morreu há pouco tempo. Ele era tão engraçado quanto o Lenny Bruce e a minha mãe tão hilariante quanto ele. Ela acaba de me telefonar a agradecer pela prenda do Dia da Mãe que lhe mandei, e rimos o tempo todo.
No final da conversa, desliguei o telefone e fiquei a pensar em quanto a amo, respeito e compreendo. Ela é linda, diferente, intelectual, meia maluca e única - "A Real Mother For Ya!" (Uma Mãe a Sério!*)
(* Nota da tradutora - "A Real Mother For Ya!" é o título de uma canção de Johnny Guitar Watson que podem ouvir abaixo
A minha mãe em tempos idos, entre as épocas beatnik e hippie
A minha tia Midge e o irmão Bobby, poucos meses depois de ele ter casado com a minha mãe, que tirou esta fotografia
O meu padrasto Bobby com o nosso cão
Todos os rapazes da Bev
A minha mãe e o Chris Tucker no cenário de Rush Hour 2
A minha mãe seguindo a Guarda de Honra no funeral do meu padrasto Bobby
A Guarda de Honra do Bobby na cerimónia da bandeira em honra do seu serviço militar - as cinzas dele estão dentro da caixa
Lionel Richie, Mãe (ela adora roupa com estes padrões), e eu - A Real Mother For Ya (Uma Mãe a Sério)
Eu e a Anita Baker - Autêntica
Desde que mostrei os vídeos dos bastidores com o Adam Lambert, apercebi-me de que parto do princípio que a grandeza está garantida. Tenho a sorte de trabalhar, na maior parte das vezes, com pessoas verdadeiramente grandiosas. Quero mostrar-vos mais um pouco do meu mundo. É fácil apreciar um artista quando o espectáculo que apresenta está coreografado e tem a maquilhagem aplicada, está vestido a rigor e a mistura de som está perfeita.
Sabe-se se um artista é autêntico quando nenhum desses benefícios estão disponíveis e o artista se apresenta nu e cru. Aqui está a Anita Baker aprendendo a canção "I Want Your Love" dos CHIC. A desorganização à volta dela é notória, mas pode ver-se que Isto é Mesmo Autêntico.
A desorganização à volta da Anita Baker é notória - Isto é Mesmo Autêntico